Mercado de e commerce no Brasil NICbr
11.1 Pesquisas de preços e compras pela Internet
Em comparação à última edição da TIC Domicílios, a consulta a preços de produtos ou serviços na Internet cresceu oito pontos percentuais – de 44% para 52% no Total Brasil – e o crescimento de compra, seja de produtos ou serviços online, cresceu três pontos percentuais – de 16% para 19% no Total Brasil. Devido à crise mundial, políticas fiscais foram implementadas pelo governo brasileiro, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), principalmente em produtos eletrônicos e eletrodomésticos. De acordo com a lista de produtos com maior incidência de compra (presente no Módulo de Comércio Eletrônico), o primeiro item é justamente “Equipamentos eletrônicos”;
“Equipamentos para a casa / eletrodomésticos” posicionam-se em segundo lugar.
A “consulta a preços” já se consolidou como ferramenta para comparação de compras e levantamento da disponibilidade de bens e serviços, mesmo que a finalização do processo de aquisição do produto não ocorra pela Internet. Esse comportamento reforça-se quando se analisam os hábitos de compra dos indivíduos de classes sociais e faixas de renda mais altas. Entre os que recebem mais de cinco salários mínimos, o percentual de uso da web para pesquisa de preços chega a 82%; na classe A, chega a 84%, o que sugere que esses consumidores não realizam suas compras sem antes fazer uma investigação pela rede. Mesmo nas faixas de renda menos elevadas, a proporção de pessoas pesquisando preços é alta: na classe C, metade das pessoas que já usaram a Internet faz pesquisa de preços, 47%. No entanto, a realização de compras online é uma atividade ainda fortemente ligada às camadas mais ricas da população. A prática de e-commerce é quase nula nas classes DE (5%) e chega a 59% da lasse A. Além disso, essa modalidade de compras parece se associar à independência financeira. Verifica-se que as faixas etárias entre 25 e 34 anos, 35 44 e 45 a 59 anos apresentam