Memórias póstumas de brás cubas – intersemiose livro e filme

UNVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE - FFPNM
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS – INTERSEMIOSE LIVRO E FILME
Por Gaby Carvalho Alves¹

Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 – Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908), foi um escritor brasileiro que escreveu em praticamente todos os gêneros literários; sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Há alguns enquadramentos fundamentais em sua escrita: equilíbrio, concisão, contenção lírica e expressional – elementos clássicos –, narrativas convencionais ao enredo – resíduos românticos –, atitude crítica, objetividade, temas contemporâneos – aproximações realistas –, recriação do passado através da memória –procedimentos impressionistas – e o elíptico e o alusivo engajados a um tema que permite diversas leituras e interpretações – antecipações modernas –. Sua obra assume uma originalidade despreocupada com as modas literárias dominantes do seu tempo – por um lado, os realistas esqueciam por detrás da objetividade narrativa, e os naturalistas que narravam todos os detalhes do enredo, possuindo na maior parte das vezes um humor reflexivo, ora amargo, ora divertido, a ironia também é uma de suas características mais apreciadas. Machado optou por abster-se de ambos os métodos para cultivar o fragmentário e interferir na narrativa com o objetivo de dialogar com o leitor. Há de certo uma ruptura com a narrativa linear, de modo que as ações não seguem um fio lógico ou cronológico, mas que é relatado conforme surgem na memória das personagens ou do narrador. Sua mensagem artística se dá por meio de uma interrupção na narrativa para dialogar com o leitor sobre a própria escritura do romance, ou sobre o caráter de determinado personagem ou sobre qualquer outro tema universal, numa organização metalinguística que constituía seu principal interesse como autor. Memórias Póstumas de Brás Cubas é