memorias

MEMORIAL MARIA DO CARMO QUEIROZ

Impressionante como é a vida, nunca sabemos o que vai acontecer, é um mistério dia após dia, historias cheias de alegrias e tristezas, sonhos e frustrações. Acontecimentos que nos coloca muitas vezes como protagonista da nossa própria novela, outras vezes somos meros coadjuvantes, porque damos mais ênfases e importância a outros do que a nós mesmos, e outras vezes somos diretor, produtor, ator e telespectador da nossa própria história e a conduzimos de forma que nos leve sempre a um final feliz.
E a historia de minha vida, minha própria novela assim começa cheia de alegrias e tristezas como de qualquer outra, mas, nunca posso esquecer que sempre foi me dado uma segunda chance para tudo nessa vida, e Deus foi e sempre será meu diretor, me dirigindo com sua grandiosa sabedoria e bondade nos capítulos de minha vida.
Nasci numa família de cinco filhos, onde eu era a segunda filha, família humilde, mas guerreira, que iniciou sua trajetória na antiga e conhecida Volta da Jurema.
Minha infância lembro bem, foi bastante intensa, cheia de altos e baixos. Em alguns momentos conseguia ser criança e brincava muito, brincava de roda e a minha preferida era pastoril, brincava de casinha e construía minhas próprias bonecas com ossos do rabo de boi e com minhas pequenas mãozinhas e muita força de vontade eu fazia as próprias roupas, a aparência tava longe de ser como as bonecas que conhecemos hoje, mas para mim eram as mais belas e sofisticadas bonecas. Ai como eu amava ser criança.
Mas não pude ser criança por muito tempo,minha mãe precisava de mim, e eu tinha que ajudar, por isso, com apenas sete anos de idade comecei a trabalhar, fazia labirinto, carregava lenha e lata d’água na cabeça, apesar do meu corpo frágil e franzino eu tinha força. Nossa como trabalhei! Na verdade eu não tinha escolha, minha mãe mandava e eu fazia, então minhas bonecas de osso e minhas brincadeiras preferidas foram ficando pra traz.
Aos onze anos, eu já não