memorial educadores e educando
EDUCADORES E EDUCANDOS: Tempos históricos
O Sistema Educacional Brasileiro tem nos mostrado que há uma grande diferença entre o que é proposto e a realidade vivida nas escolas, bem como suas metas e objetivos, tendo sua estrutura como resultado de diversas mudanças ocorridas ao longo da História do Brasil.
Durante os primeiros anos, o Sistema Educacional Brasileiro excluiu e desfavoreceu o povo, dando o acesso à educação apenas para a elite. Assim, enquanto a elite continha doutores, a população em sua maior parte era analfabeta, pois os cursos superiores eram para poucos e a escola pública recebia recursos mínimos. Durante os períodos do Brasil Colônia, Império e a Primeira República, prevaleceu a concepção de educação segundo a qual o professor é o centro do processo educacional, apenas transferindo informações aos alunos - que nada sabem -, conhecida como modelo tradicional de educação. Embora tenham sido expulsos em 1759, os jesuítas implantaram as bases, estrutura e funcionamento da escola brasileira, fundando na colônia dois tipos de escola: uma para as populações indígenas (a catequese) e outra para a elite (os colégios e seminários). Como eram responsáveis pela educação na colônia, os jesuítas tornam a Igreja participante privilegiada da sociedade brasileira, sendo a escola um instrumento de grande alcance na reprodução dos valores da cultura cristã. E, assim, durante um grande período da História do Brasil, a Igreja esteve diretamente ligada à educação do país, o que se reflete ainda hoje com o, ainda que facultativo,ensino religioso nas escolas. No início da República, foi delineada uma política educacional estatal, resultado do fortalecimento do Estado. Com a primeira Constituição, de 1824, houve a substituição da proposta de uma política nacional de ensino pela regulamentação da instrução primária gratuita a todos os cidadãos e criação de colégios e