Memorial do Convento

462 palavras 2 páginas
José Saramago afirmou: “toda a história é contemporânea”, e decidiu escrever o memorial do convento como pretexto para criticar a sociedade da sua actualidade. Através da obra crítica a opulência da corte, miséria do povo, poder de uns, opressão de outros, amor por conveniência, amor verdadeiro, perseguições, entre outras. Tudo se continua a verificar hoje, duma forma mais ou menos semelhante. Na obra, o padre estava constantemente perturbado com dúvidas religiosas, não compreendia a unicidade da santíssima trindade, Baltazar preocupava-se com o sentido de não ter mão esquerda, (o padre disse-lhe que Deus também não tinha mão esquerda), o rei passa os dias a sonhar com a Basílica de S. Pedro que não consegue igualar em Mafra, a rainha sonha com o cunhado, todas as personagens são psicologicamente densas, têm dúvidas, angústias, anseios. E isso é intemporal, ligando-se muito ao Homem moderno, stressado pelo que quer e não consegue, por aquilo que questiona e não encontra respostas (hoje, ainda mais que naquele tempo, tudo é posto em questão).
O Memorial do Convento apresenta uma critica à inquisição do séc. XVIII, na actualidade a crítica é feita às escutas telefónicas. Baltazar perdeu a mão na Guerra da sucessão, uma guerra espanhola, José Saramago critica o nosso envolvimento em guerras que nada têm a ver connosco e agora, Portugal aliou-se à América no Iraque. O autor critica a miséria do povo, as diferenças sociais, hoje verifica-se uma diminuição social das classes, desemprego, impostos, inflação. No Memorial o povo era analfabeto, hoje nem os licenciados conseguem emprego. A crítica principal, na construção do convento de Mafra, é o facto de a promessa ser do rei, dos lucros ficarem para o rei, e de terem sido os trabalhadores, vindos de todas as partes do país a construí-lo, forçados, permanecendo no anonimato. Naquela altura o rei teve um desejo de construir o convento e foi o povo que o concretizou, agora o governo quer equilibrar as contas, diminuir o

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