memorial de leitura

Universidade Federal da Bahia - UFBA Curso: Serviço Social

Memorial de Leitura Recordar para escrever, ler para relembrar.

Pode parecer regra, mas às vezes não é. Quem é a criança que no meio de tantos brinquedos esconderia os livros da estante da sua avó, para poder ler depois que todas as amiguinhas fossem embora¿ Que além de mãe de boneca, era a multifuncional na brincadeira¿ diretora de escola, professora, mãe de aluno, aliais, da boneca¿ Desde muito pequena, se candidatar para ser a leitora oficial da turma, era motivo de orgulho. Chegar à sala de aula, na 1º serie e já ser chamada de chapeuzinho vermelho, me fazia entrar num conto de fábulas, onde ao invés do personagem principal ser eu mesma, O negrinho do Pastoreio, a Mula sem cabeça e os contos de fadas tomavam conta e fazia-se de inspiração. O melhor momento era aquele que a professora comunicava o projeto do ano, onde todos os alunos desenvolveriam textos que seriam usados na publicação de um livro. A mobilização da turma, a vontade de ser autor não cabia mais no peito. À tarde de autógrafos parecia ser um sonho. Construíam assim, futuros leitores de escritores da vida. Não sei dizer ao certo quando a leitura entrou na minha vida. A quantidade de livros que estavam ao meu redor era pouca, os didáticos eram os mais presentes, mas o vicio em revistas dos meus pais fizeram que essa ação de ler, aumentasse. Qualquer leitura era valida, qualquer associação de imagens feitas era uma palavra a ser aprendida. Quando mais crescida, o desafio de ler o Dicionário Junior foi lançado, mas as distrações eram tantas, que nunca passaram de 5 a 6 páginas. E até hoje é assim, já evolui e fui para o Aurélio e não consegui, mas o numero de páginas aumentaram e junto delas, a minha felicidade também. Lembro-me de quando minha mãe assinou uma revista que como brinde, vinha uma coleção de livros