Medicina

No presente artigo, do tipo revisão de literatura, é retratada a problemática da Interiorização da Medicina. Defronte à péssima distribuição de médicos no Brasil, negligenciando o interior dos estados, o Governo Federal foi obrigado a buscar uma solução. Visto que não havia brasileiros interessados em prestar serviços no interior do país, o governo criou o Mais Médicos como solução imediatista. Médicos estrangeiros, principalmente vindos de Cuba, passaram a exercer a Medicina no interior, mesmo sem infraestrutura adequada para tal prática. A problemática gira em torno da não aplicação do Exame Nacional de revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). Por conta do imediatismo, o governo aceitou a entrada dos estrangeiros mesmo sem uma prova que evidenciasse a aptidão, ou não, para tais médicos exercerem a medicina no Brasil.
Contudo, havia uma proposta inicial do Conselho Federal de Medicina (CFM) que leva o apoio não só de médicos, como também dos mais diversos profissionais da área da saúde. Essa possui três diretrizes: Programa de Interiorização do Médico Brasileiro; Concordância com a vinda de Médicos Estrangeiros e Brasileiros com diplomas obtidos no exterior, desde que aprovados no Revalida; Construção e Implementação de uma Carreira Federal para médicos, cirurgiões- dentistas, enfermeiros, farmacêuticos e bioquímicos. As duas primeiras ações assumem caráter emergencial, já a terceira só seria consolidada e efetivada durante a vigência das medidas anteriores.
Para uma melhor distribuição do assunto, o artigo foi dividido em três seções. A primeira acerca do histórico e objetivo da interiorização, a segunda sobre os problemas enfrentados na mesma e a terceira baseada nas três propostas do Conselho Federal de Medicina (CFM) para a solução emergencial de cobertura assistencial da saúde em áreas de difícil provimento.

Interiorização da Medicina
1. Histórico e objetivos:
O Brasil forma em torno de 17 mil médicos por ano, o que