Materias pozolanicos
1.1 Delimitação do Tema e Relevância da Pesquisa
A utilização de pozolanas para a produção de concretos e argamassas não é assunto recente. A partir de uma breve análise histórica, a respeito da evolução da construção, observa-se que, sob certos aspectos, o uso desses materiais é cíclico, vindo desde os povos Gregos e Romanos.
Hoje a engenharia vive um novo ciclo no que diz respeito ao uso desse material, especialmente porque o mercado consumidor se faz cada vez mais exigente com relação à aplicação de materiais mais duráveis.
A conjugação do aço com o concreto de cimento Portland possibilita a construção de estruturas com formas variadas e nos mais diversos locais, sujeitas a condições ambientais distintas. Em função das solicitações mecânicas e do ambiente ao qual estão expostas, as estruturas de concreto devem ser projetadas e executadas para manter condições mínimas de segurança, estabilidade e funcionalidade durante um tempo de vida útil, sem custos não previstos de manutenção e de reparos.
De acordo com MEHTA (1994) apud VIEIRA et al. (1997), uma longa vida útil é considerada sinônimo de durabilidade. O comitê 201 do ACI (1991) define durabilidade do concreto de cimento Portland como sua capacidade de resistir à ação das intempéries, ataques químicos, abrasão ou qualquer outro processo de deterioração; ou seja, o concreto durável deve conservar sua forma original, qualidade e capacidade de uso quando exposto ao seu meio ambiente.
No entanto, apesar de o concreto ser o material de construção mais utilizado no mundo e apresentar muitas vantagens como material estrutural, inúmeros problemas têm sido detectados com relação à sua durabilidade. Nos últimos anos, diversos estudos vêm sendo realizados sobre patologias de concretos e a deterioração prematura das
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edificações, podendo citar como exemplos os levantamentos realizados no Brasil por
ANDRADE (1997), NICE (1996) e ARANHA (1994), apud VIEIRA et al. (1997).