Matemática e música
A RELAÇÃO HARMONIOSA ENTRE SONS E NÚMEROS
A matemática está envolvida de alguma forma em cada área de estudo conhecida pela humanidade. De fato, poderíamos argumentar que a matemática está envolvida de alguma forma em quase tudo o que existe. A música é por sua vez, a arte mais popular do planeta, que envolve, encanta e que desde a antiguidade já revelava um poder conquistador, expresso na mitologia grega em Orfeu, cujo canto acompanhado de lira sustava os rios, amansava feras e movia pedras. Mas o que pouco se sabe é que por trás de uma simples canção ou da mais complexa sinfonia, existem relações matemáticas muito simples, que ajudam a formar ao lado do talento dos homens, o edifício sonoro da nossa música. A importância da matemática na música está presente desde a concepção mais fundamental do que é "som musical" e do que é "ritmo". Os sons com os quais podemos criar nossas músicas constituem o que chamamos de "escala musical". Eles são definidos a partir de relações matemáticas muito precisas e, quando combinados de determinadas maneiras, podem produzir resultados agradáveis aos nossos ouvidos. Essas relações matemáticas, junto com as características intrínsecas das vibrações sonoras, são a base para a "harmonia" na superposição dos sons musicais. A maneira como é executado os sons em nossas músicas também segue regras com fundamentos matemáticos. Todos os tipos de "ritmos" que podemos conceber musicalmente obedecem a algum tipo de divisão fracionária, cuja característica sempre está vinculada a um determinado gênero artístico ou a um tipo de cultura. Os primeiros sinais de casamento entre a matemática e a música surgem no século VI a.C, quando Pitágoras através de experiências com sons do monocórdio, efetua uma de suas mais belas descobertas, que dá à luz, na época, ao quarto ramo da matemática: a música. Este sábio grego buscava relações de comprimento – razões de números inteiros – que produzissem determinados intervalos sonoros.