MARIANISMO A idéia de dependência do homem, apesar de temerosa por muitas mulheres, traz a vantagem econômica. Só que depender desse homem, automaticamente, mantém-se submissa a ele, aceitando o que ele puder e quiser oferecer. É um braço disfarçado do Marianismo. Ainda mantém-se uma imagem de cuidadora do lar mas longe de estabelecerem suas vontades acima das do marido. A mulher casta e santa, advinda do exemplo de Maria para muitos é a certa, pois é de cunho religioso. Esse padrão estabelecido há muitos séculos montado a partir dos ensinamentos bíblicos implica no entendimento de muitas pessoas sobre a igualdade entre homem e mulher. E não somente no Brasil aprendemos o papel submisso da mulher na sociedade. Essa influência bíblica é cristã e ocidental. O papel de mulher santa e procriadoraporém assexuada é considerada como subjugada no trabalho de Pinheiro (2010), “Por princípio dominador e hierarquizador, o homem estabelece uma relação de autoridade e poder, relegando a mulher para um lugar de inferioridade não só física como intelectual, conduzindo-a à exclusão de todos os assuntos públicos. Já Aristóteles afirmava em “Da Geração dos Animais”que a sua “inferioridade física em relação ao macho é manifesta”. O cristianismo, assim como as principais religiões do mundo, baseiam-se num princípio divino masculino. Ao se atribuir a elas a responsabilidade praticamente exclusiva pela prole e pela casa, já lhes está, automaticamente, reduzindo as probabilidades de desenvolvimento de outras potencialidades de que são portadoras. (SAFIOTTI, 1987, p. 14) Se para a mulher ocupar um lugar de destaque na religião, foi transformada em santa, consideramos então que foi bem homenageada. Visto que ser subjugada, ao menos lhe rendeu uma imagem a ser admirada, consegue-se algum respeito diante do social. Mas isso respeita as vontades da mulher? Em trabalho de releitura da bíblia focando desigualdade de gêneros, SILVA (20xx) escreve: “Desde então, o homem vivia livre