Margaret Thatcher

Margaret Thatcher
A “Dama de Ferro” assumiu o cargo de Primeira-Ministra inglesa no ano de 1979, em plena Guerra Fria, e deixou o poder político britânico em 1990, após a queda do muro de Berlim (fim da Guerra Fria).
A primeira-ministra britânica foi uma das figuras mais influentes do século XX. A clareza de seus princípios e a obstinação com que defendia propostas realistas servem de lição ao político e ao eleitor

Os princípios de Margaret Thatcher
Quando do falecimento de Margaret Thatcher no último dia 8 de abril, notícias e reportagens pulularam em cada jornal, publicação e programa de TV do mundo. Todos, dos grandes aos pequenos, tinham algo a dizer sobre a Primeira-Ministra Britânica, a famosa “Dama de Ferro”: sobre sua vida, sobre sua atuação política, sobre seus anos de governo, suas políticas econômicas, sua relação com os filhos, a Guerra das Malvinas.
Críticas foram muitas: “conservadora”, “fascista”, “reacionária”, “neoliberal” e uma série de outros adjetivos já desgastados de tanto uso por certos debatedores como palavras-mágicas para vencer qualquer debate sem ter razão. Elogios, também vários: “pulso firme”, “grande mulher”, “salvou a Inglaterra”, “derrubou a União Soviética”, etc.
Mas poucos, muito poucos, se perguntaram o que Margaret Thatcher consideraria destas visões sobre si mesma. Porque, na verdade, basta dar uma olhada na vida e obra da Dama de Ferro para perceber que aquilo a que ela dava mais importância foi muito pouco falado pelos meios de comunicação: seus princípios.
E talvez isto seja uma estratégia muito bem elaborada justamente para enterrar estes princípios no túmulo do esquecimento.
Margaret Thatcher se importava de ser tida como “uma grande mulher”? Ou se importava com aquilo que a fazia ser uma “grande mulher”, aquilo pelo que lutara e obtivera reconhecimento? Importava-lhe ser um dos principais responsáveis pela “queda da União Soviética” ou se importava mais com aquilo que a fizera ser tão fundamental na derrubada