Manutenção ferroviária

Introdução
Uma vez implantada, uma ferrovia começa a se degradar pelo uso e pela ação do meio ambiente. Esta degradação se fará sentir nos materiais e serviços que compõe a superestrutura ferroviária, tão mais acelerada quanto maior for sua utilização e mais agressivo for o meio ambiente.
A atuação simultânea e com intensidade diferenciada, provocada pela circulação dos trens e pela agressão do meio ambiente nos diversos componentes da superestrutura, faz com que eles possuam vida útil distinta, o que leva a uma necessidade de reposição descompassada.
Por estes motivos e para atenuar a possibilidade de acidentes é imperiosa a necessidade da conservação preventiva da via procurando manter o seu traçado geométrico (planta e perfil) em prefeito estado, sem defeitos que prejudiquem o tráfego, mantendo-se uma plataforma estável e bem drenada, um lastro limpo, um alinhamento e nivelamento perfeitos, com curvas bem puxadas e com superelevação correta, AMVs, aparelhos de manobra e talas de junção devidamente lubrificados.
1. Inspeção Periódica da Via:
A inspeção periódica da via tem como objetivo a observação visual das condições físicas da via.
Esta inspeção deverá ser efetuada por um funcionário com conhecimento na área de ferrovia o qual efetuará “rondas” periódicas, a pé, em toda a extensão do ramal ferroviário. Sugerimos aqui, para o ramal em questão, que esta ronda seja efetuada pelo menos 02 (duas) vezes por semana.
Através desta ronda o funcionário fará um levantamento geral da integridade física dos materiais que compõem a via, tais como as fixações, trilhos, dormentes, lubrificação dos aparelhos de mudança de via (AMVs), condições de drenagem e etc., e diagnosticará a necessidade de possíveis serviços de conservação e/ou manutenção, os quais serão abordados no decorrer deste manual.
Rondas especiais deverão ser executadas em casos de situações adversas de intempéries como fortes chuvas, grandes variações de temperatura, etc.
Além deste diagnóstico este