Mangalarga

Origem O cavalo mangalarga teve seu berço no estado de Minas Gerais, graças à infusão sanguínea melhoradora das famosas raças ibéricas – alter e andaluza -,enviadas por dom João VI a Gabriel Francisco Junqueira, o barão de Alfenas, 1981, com finalidade de proceder cruzamentos com as éguas comuns da região e obter o melhoramento zootécnico dos rebanhos em desenvolvimento. Alguns historiadores consideram o barão de Alfenas como o verdadeiro precursor na formação da raça Mangalarga no Brasil. (RIBEIRO B; DIOGO, 1989) Conta-se que, certa vez, ele, em uma de suas costumeiras viagens por Minas Gerais, passando por Barbacena, comprou um magnífico potro de dois anos, a que deu o nome de mangalarga, devido ao andamento marchado de espetacular amplitude. Esse animal com bastante sangue alter, tornou-se extraordinário raçador, imprimindo uma linhagem com caracteres típicos, que ganhou fama e ficou conhecida pela denominação de mangalarga. (RIBEIRO B; DIOGO, 1989) Consideram-se como autênticos berços do cavalo mangalarga as fazendas Campo Alegre e Cafundó, na antiga comarca de Baependi, além de outras propriedades da mesma região. (RIBEIRO B; DIOGO, 1989)

Mais tarde, a família paulista Junqueira trouxe excelentes reprodutores mangalargas mineiros para suas propriedades na região de Orlândia. Dedicado á prática da cinegética (arte de caçar com cães), necessitava de animais velozes, resistentes e firmes para a perseguição do veado-campeiro, nos campos cerrados, com obstáculos de toda natureza, em que os cavalos não podiam refugar nem sofrer rodadas. Para esta finalidade específica, os cavalos marchadores, dado o seu desequilíbrio na locomoção, deixavam muito a desejar e, por isso, foram sendo substituídos pelos de marcha trotada, com maior velocidade, firmeza e segurança. Foi iniciada, então, a infusão de sangue nobre melhorador com maior talhe e andamentos regulares, também excluindo os marchadores menos resistentes e os mais suscetíveis a rodadas. (RIBEIRO B; DIOGO,