Mandonismo, coronelismo e clientelismo

Mandonismo, coronelismo e clientelismo Mandonismo tem a ver com o Brasil colônia. A questão originária era a questão da grande propriedade, relacionada ao dono das terras, o qual José Murilo chama de 'mandão'. Com o poder da grande propriedade, ele tinha o poder de mandar em várias pessoas. Estilo de exercício do poder baseado no mando. Tem mais poder do que a autoridade pública. Marca da poder local: está concentrado na localidade onde esses chefes atuam. Mandonismo acaba na época do Império.
Coronelismo: origem a partir da guarda nacional. Começa na primeira república e está ligado ao federalismo. Era comum dar aos fazendeiros mais poderosos o posto de comando das guardas nacionais, o posto do coronel. Coronelismo está relacionado a um fato político, que é a introdução do federalismo. Federalismo trabalha com o princípio da autonomia das províncias; é uma autonomia para as províncias, era o contrário do que acontecia nos tempos de império. Poder privado aumenta quando se deu mais poder para os Estados, transformando-o em um poder local aumentado. Política dos governadores tem um nome importante, o do presidente Campos Sales. Ele chega representando a burguesia do café paulista, mas acima de tudo sua missão era pacificar a política brasileira por um motivo claro: se ele quer uma estabilidade financeira, essa estabilidade só se vem com a paz política. É o que ele faz com a política dos governadores: relações de compromisso entre os executivos estadual e federal. Um estado tem compromisso com o governo federal. O governador nessa política tem a função de garantir nomes para a bancada que não seja incompatível com o governo federal. Para o governo federal, isso vale a pena pq se consegue controlar a oposição. Nesse acerto político, o presidente garante liberdade política para o governador. Essa era a relação de compromisso entre Estado e governo federal. Coronel vai atuar na altura do município e tem a função de impedir nos distritos do município que a oposição