Mal-Estar na Atualidade: O sujeito do Colarinho Branco – Joel Briman

Texto: Mal-Estar na Atualidade: O sujeito do Colarinho Branco – Joel Briman

Texto abordando a loucura, trás um viés interessante a ser observado. O fato desta, a loucura, ser caracterizada pelo indivíduo fora de si. De forma lógica então o indivíduo não louco seria aquele dentro de si. É como se o indivíduo perdesse o eixo que o equilibrava, deixando-o por tanto alienado de seu espírito.

A cura para a loucura é apresentada como possível na medida em que o indivíduo necessita ser trazido para dentro de si mesmo outra vez, fazendo o efeito inverso da alienação de espírito, por meio, por exemplo, de um tratamento moral.

Hegel apresenta um tratamento dialético entre o mundo do dentro-de-si e o fora-de-si, o que acarretaria na iluminação da mente, permitindo uma reversão da do mundo das trevas da razão para o da luminosidade e da autoconsciência e da racionalidade. Em contra partida Kant, com uma concepção pré-moderna, coloca a loucura como incurável pelo fato do espírito se perder para sempre como razão prática e razão pura, como inteligência e liberdade em algo que não mais era realidade, a loucura por tanto revelaria a perda definitiva do espírito e da razão.
Nesse viés Montaigne traça o especo da interioridade de maneira meticulosa, de forma que este seria a referência fundamental do sujeito, o eixo de sustentação e seu ponto de ancoragem. Descartes apresenta o sujeito como a condição da individualidade dentro-de-si, trazendo também o pensamento individualista colocando em oposição o espaço público e o corpo como exterioridade a privacidade e a interioridade do sujeito. O sujeito se identifica com a ordem do pensamento, sendo sua substância específica, e a exterioridade seria o não-sujeito e o anti-sujeito por excelência, pois o sujeito apenas poderia se inscrever dentro-de-si, exercendo-se como eu no campo das representações.
Ao tecer o fundamento da pós-modernidade o autor demonstra a cultura narcisista que enaltece o eu, mas não no