Mal estar das civilizações

1867 palavras 8 páginas
A Essência do "Mal-Estar Civilizatório" na obra de Freud "Não consigo pensar em nenhuma necessidade da infância tão intensa quanto a da proteção de um pai. Dessa maneira, o papel desempenhado pelo sentimento oceânico, que poderia buscar algo como a restauração do narcisismo ilimitado, é deslocado de um lugar em primeiro plano. A origem da atitude religiosa pode ser remontada, em linhas muito claras, até o sentimento de desamparo infantil".
Sigmund Freud em "O Mal Estar na Civilização".
Uma das mais importantes obras de Sigmund Freud, "O mal-estar na civilização", do ano de 1929, investiga as principais causas psicológicas que originam o sofrimento humano, analisando, ao mesmo tempo, algumas formas mais comuns de se lidar com ele. Em suma, Freud identifica com profundidade os fatores determinantes da insatisfação humana, colocando as complexas exigências da atual "cultura civilizatória" como o principal entrave às satisfações dos instintos naturais: "Nascemos com um programa inviável que é atender aos nossos instintos, mas o mundo não o permite".
Dessa forma, somos obrigados, desde o início de nossas vidas, a conviver com a frustração, por sua vez representada pela exigência primordial de castração dos instintos básicos - pré-requisito fundamental para a vida em sociedade. Num primeiro momento, na infância da humanidade, a natureza que nos cerca é incapaz de ceder aos nossos "apelos" espontâneos pela sobrevivência e preservação de nossa própria espécie; mais tarde, num segundo momento, quando o homem desenvolve tecnologia suficiente para subjugar a natureza, ou seja, quando a mesma parece se encontrar sobre nosso controle, a própria sociedade nos impõe novas restrições. E isto parece ser um ciclo-vicioso.
"A vida, tal como a encontramos, é árdua demais para nós; proporciona-nos muito sofrimento, decepções e tarefas impossíveis. A fim de suportá-las, não podemos dispensar as medidas paliativas. 'Não podemos passar sem construções auxiliares', diz Theodor

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