Maias
A maneira de ser português revelada, através das visões de Carlos (começa por pensar, a propósito da mouraria, que "esse mundo de fadistas, de faias" merecia um estudo, um romance) e de Craft, que fica impassível perante a feroz discussão entre Alencar e Ega (a propósito de um verso "o homem da ideia nova", o paladino do Realismo), discussão que quase termina em agressão física, reconhecendo que "a torpeza do Alencar sobre a irmã do outro fazia parte dos costumes de crítica em Portugal", até porque sabia que "a reconciliação não tardaria, ardente e com abraços".
Criticas:
Literário: Alencar defende o Ultra-Romantismo enquanto que Ega o Realismo/Naturalismo (mostra uma sociedade dominada por valores tradicionais, que se opõe a uma nova geração, a geração de 70 representada por Ega). Este defende exageradamente a inserção da ciência na literatura.
Político: Ega crítica a decadência do país e afirma desejar a bancarrota e a invasão espanhola.
A falta de cultura dos indivíduos que são detentores de cargos que os inserem na esfera social do poder – Sousa Neto (oficial superior de um cargo de uma grande repartição do Estado, da Instituição Pública), desconhece Proudhon, começando por responder a Ega que, provocante, lhe pergunta a sua opinião sobre o socialista, que não se recorda textualmente, depois "que Proudhon era um autor de muito nomeada", e finalmente, perante a insistência de Ega, sintetiza a sua ignorância, afirmando que não sabia que "esse filósofo tivesse escrito sobre