Lógica da acumulação capitalista

596 palavras 3 páginas
Esta dissertação tem como objetivo primeiro interpretar a manifestação mais recente da relação lógica que liga a acumulação capitalista às crise de superacumulação e estas aos ajustes espaciais. Para tanto, busca na “lei geral da acumulação” de Marx os determinantes que estabelecem a inexorabilidade da ligação entre a acumulação e as suas crises e em Harvey, mais especificamente em sua teoria sobre “as ordenações espaçotemporais”, a forma como são conduzidas as estratégias de superação das crises por meio dos ajustes espaciais. Para o estudo da manifestação hodierna dessa lógica, empreende-se uma pesquisa exploratória centrada em três pensadores-chaves do movimento do sistema capitalista moderno que têm inspiração, em maior ou menor grau, marxiana: Harvey,
Brenner e Arrighi. Este trabalho, portanto, trata de interpretar, com base em conceitos e categorias do materialismo histórico, o movimento que liga a acumulação da “Era de
Ouro" à crise estrutural de superacumulação e esta à tentativa neoliberal de apresentar alternativas para dar continuidade ao processo de acumulação capitalista. Na prática, a acumulação do pós-guerra, construída em um contexto de cooperação internacional, mostrou-se excessiva e determinou a baixa sistêmica das taxas de lucro. Buscando ascender à condição de potência hegemônica e para evitar a desvalorização do seu próprio capital, em um contexto de Guerra Fria e de superacumulação em seu território, os Estados Unidos passaram a exportar seu capital redundante, especialmente para os territórios sob “ameaça comunista”, o que deu início a um rápido processo de acumulação especialmente na Europa ocidental e no Japão. Justamente porque não negou a “lei geral da acumulação”, esse sucesso gestou as condições para a emergência da crise de superacumulação contemporânea. Na década de 1970, percebeu-se que a acumulação fora excessiva, refletida pela baixa nas taxas de lucratividade, percebeu-se a existência de mais capital

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