luz e conhecimento

UNIBR FACULDADE DE SÃO VICENTE

LETRAS 4º SEMESTRE

ALEXSANDRA GOMES BRITTO DE JESUS
CIOMARA ALMEIDA DOS SANTOS
HERNI DA SILVA PEREIRA
LINDA MICHELE RODRIGUES ALVES

CORAÇÃO DE ESTUDANTE

SÃO VICENTE
2014

CONTEXTO HISTÓRICO

Os rapazes do Clube da Esquina e a história política do Brasil

De 1964 a meados de 1985 tivemos, vigente em nosso país, o regime militar, também conhecido como ditadura militar e “anos de chumbo”. Período sem eleições diretas para presidente. Período de ausência de liberdade de expressão. Período de fortes perseguições políticas. Período em que muita gente foi terrivelmente torturada e morta. Muitos desapareceram, sem deixar rastros. Muitos brasileiros tiveram perdas de familiares, sem, no entanto, terem seus corpos para enterrar. Os que “tiveram mais sorte” foram exilados do país.

Nesse clima de repressão cresceram os rapazes do Clube da Esquina, nome carinhoso, dado ao grupo que se reunia num barzinho numa esquina do bairro de Santa Teresa, em Belo Horizonte, para discutir política, cultura e fazer música. Milton Nascimento estava entre eles, além de Fernando Brant, Ronaldo Bastos, Toninho Horta, Wagner Tiso, os irmãos Borges, e muitos outros amigos. Em 1972, como fruto dessa convivência, foi lançado o disco Clube da Esquina, um marco na história da música popular brasileira.

Foram muitos anos tentando driblar a censura realizada pelo regime militar, que controlava o que era produzido e veiculado em todos os campos artísticos do Brasil e na imprensa em geral. Mas a “dita dura” (trocadilho bem humorado) não conseguiu impedir totalmente o silenciamento dos sentidos, pois este acaba levando à direção contrária: força o sujeito a enunciar. Onde há censura, há resistência: há discursos em movimentos querendo se significar, querendo vir à tona (ORLANDI, 1992).

Em meio a (mais) uma grave crise econômica, em 1983 começam a se disseminar no Brasil reuniões com o objetivo de lutar pela