Lutas

Livro: Psicomotricidade: Corpo, Ação e Emoção
Autora: Fátima Alves

Definição
Lateralidade: Para definir a lateralidade, a autora Fátima Alves buscou em vários autores e encontrou varias definições com terminologias diferenciadas, mas concordantes entre si. Assim sendo , Quierós e Shager dizem que o termo lateralidade se refere à prevalência motora de uma lado do corpo. Esta lateralização motora coincide com a predominância sensorial do mesmo lado e com as possibilidades simbólicas do hemisfério cerebelar oposto. Desta maneira é possível aceitar a ideia de que a lateralidade não somente se manifesta por meio das atividades motoras, mas também por meio de aferências sensoriais e sensitivas e pela diferenciação funcional de ambas as metades do cérebro.
Jean Marie Tasset (1980) define a lateralidade como apreensão da ideia de direita – esquerda, dizendo que este conhecimento deve ser automatizado o mais cedo possível, enfatizando que a automatização da lateralização é necessária e indispensável. Mediavilha (1981), por sua vez, define dominância lateral, se entende a preferência que tem a criança por um lado ou por outro do seu próprio corpo. De acordo com Mucchielli e Bourcier (1979), cada parte do corpo tem sua própria dominância, segundo a atividade a ser desenvolvida, esta dominância é fragmentária. Segundo estudos realizados pelo Dr. Tomatis, a lateralidade do ouvido seria a primeira a aparecer e condicionaria de algum modo o conjunto do sujeito.
Com um ponto de vista discordante, Guilman (1981) assegura que a preferência lateral aparece como uma disposição anatômica e congênita. O predomínio lateral direito tem sido adotado por todos os povos e em todas as idades, o que não seria assim se somente se atribuísse o fator de preferência à educação.
Já para Baroja, Paret & Riesgo (1978), a definição de lateralidade está relacionada com o conhecimento corporal. O conhecimento do próprio corpo é de grande importância nas relações entre o eu e o mundo