Lotação dos presídios no Brasil

Sociedade punitiva

Superlotação, a não reeducação, e desrespeito aos direitos e a dignidade humana, são fatos comuns e vividos diariamente, por todo o país, no sistema carcerário Brasileiro. País no qual, possui a 4 maior população carcerária do mundo, com cerca 548 mil de detentos e ainda mais outros 500 mil mandatos de prisão. Problema esse, não causado somente pelo governo, mas também por pressão da sociedade, que não consegue ver o preso como cidadão. A maioria dos brasileiros quando veem notícias sobre o aumento da criminalidade e perigosidade das ruas, somente imaginam que o aumento de punições e ações policias solucionaria o problema, porém o simples “empurrar o bandido para a cadeia” só faz agravar a situação e ainda com vários efeito colaterais. Sendo deles o principal efeitos, a saturação dos presídios e cadeias, no qual, no Brasil, chega a estar com 171,9% da capacidade ocupada. A situação da lotação dos presídios está tão grave a ponto de que, no estado de Alagoas, ter média de 41,4 detidos “disputando” celas feitas para 10. Oque acaba ocasionando vários crimes contra a dignidade e os direitos humanos, por exemplo em constatações feita pela CPI do Sistema Carcerário, encontrou-se “vários homens amontoados como lixo humano em celas cheias e dormindo em cima do vaso sanitário”, cenário esse que pode fomentar numerosos casos de doenças, motins, rebeliões e mortes. Outro grande efeito, seria quando não há nenhuma ou quase nula tentativa de ressocializar e adequar o prisioneiro a sociedade, onde o governo deve oferecer novas oportunidades e perspectivas de vida, fazendo assim, segundo dados do CNPCP, que hoje, cerca de 70% dos criminosos que deixam a prisão voltam a delinquir. Tornando o tempo de "prestação de contas" um grande desenvolvedor da mente criminosa, oferecendo aprendizado de novas técnicas criminosas, conhecendo novas oportunidades criminais e inclusive formação de alianças, tudo por cortesia do governo como explica Matti Joutsen,