Logística - Artigos
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05/10/2006 16:14
Mais ágeis e mais lucrativas
A história de empresas que devem seu sucesso e vinculam seu futuro à excelência em logística Rodrigo Squizato, de
Nos próximos dias, um caminhão do Grupo Martins chegará à cidade de Mucajaí, no estado de
Roraima, próximo à fronteira com a Venezuela, carregado de suprimentos que serão entregues a varejistas locais. Enquanto isso, outras carretas com a bandeira da empresa levarão mercadorias para municípios tão distantes quanto Xanxerê, em Santa Catarina, e Tangará da Serra, em Mato Grosso.
Apenas no mês de setembro, os 1 100 caminhões que pertencem à frota do Martins terão percorrido algo como 4 milhões de quilômetros -- o equivalente a cerca de 1 000 vezes a distância entre
Oiapoque, no extremo norte do Brasil, e Chuí, na ponta sul -- para distribuir produtos tão diversos quanto bicicletas, biscoitos, notebooks, remédios e geladeiras, numa variedade de 14 000 itens. Para que as encomendas alcancem seu destino no prazo, que nunca é maior que 11 dias por mais remota que seja a região, o Grupo Martins executa uma operação de guerra. Assim que o pedido é fechado, seus computadores entram em ação para localizar o produto, retirá-lo das centrais de armazenagem, levá-lo para um dos 39 centros de distribuição e, enfim, colocá-lo no caminhão. Ao mesmo tempo, sistemas matemáticos ajudam a definir as melhores rotas até o destino final, indicando as estradas precárias que devem ser evitadas. Graças à eficiência desse processo, que pode ser resumido em uma única palavra -- logística --, o Martins, de Uberlândia, em Minas Gerais, tornou-se o maior distribuidor-atacadista da América Latina, com faturamento anual de 2,7 bilhões de reais.
O negócio do Martins é puramente logístico. Seus controladores, comandados pelo empresário Alair
Martins, vivem disso. Mas, cada vez mais,