literatura na ditadura

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O autoritarismo instaurado com o Golpe Militar de 64 foi um dos fatores históricos mais influentes nas manifestações artísticas e culturais no Brasil. Grandes movimentos surgiram em protesto à ditadura, perpetuada ao longo de 21 anos. Festivais de música, tropicalismo, poesia do “desbunde”, poesia social e marginal, foram algumas das manifestações com tom de arte.

As composições feitas para protestar nos festivais, ganharam destaque pela qualidade, revelando grandes compositores. Geraldo Vandré, Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso são alguns dos que iniciam suas carreiras nesta época. Canções como Alegria, Alegria, de Caetano Veloso, Marginalia II, de Gilberto Gil e Cálice, de Chico Buarque, destacam-se pela visão crítica e social.

O Tropicalismo surge em 1968, como forma de neo-antropo-fagismo, misturando elementos da cultura nacional e universal, como a superposição de imagens, relembrando idéias cubistas, presentes no primeiro tempo do modernismo. Tem como seus dois grandes líderes os compositores Caetano Veloso e Gilberto. As letras que integram a poética em sentido bastante restrito, fato que merecem estudo e consideração crítica.

A poesia do desbunde foi uma reação de escapismo à opressão, em tom irônico. Seu maior divulgador foi o Pasquim, que reunia intelectuais como: Henfil, Paulo Francis, Ruy Castro, Ziraldo, e colaboradores como Chico Buarque e Rubem Fonseca. O Pasquim tinha uma luta sem tréguas contra a ditadura vigente. Acabou perseguido e censurado durante o governo militar.

Na década de 80 surge o movimento chamado poesia marginal, que tem como destaque os poetas Paulo Leminski e Ana Cristina César. Os poetas marginais tinham a preocupação com a expressão de fatos triviais e sentimentais.

O processo da ditadura imposta ao país foi um dos elementos que propiciaram aos artistas criarem arte para protestar. Muitas pessoas atribuem à palavra marginal um significado que acaba por desprezar o significado das produções

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