Literacia

Ao longo do tempo a literacia tem sido uma palavra de diferentes leituras/abordagens e vem entrando no quotidiano dos portugueses, pretendendo distinguir-se de alfabetização.
A alfabetização é normalmente confundida com a Literacia mas que significa apenas o ensino do alfabeto, permitindo ao indivíduo saber ler e escrever, o que tem possibilitado uma sociedade mais instruída e consequentemente mais qualificada.
Enquanto a literacia tem vindo a ser utilizada para conceptualizar um novo conceito acerca das capacidades de leitura e de escrita.
Esta define a capacidade de cada um compreender e usar a informação escrita de modo a desenvolver os seus próprios conhecimentos. A sua definição vai além da simples compreensão dos textos, para incluir um conjunto de capacidade de processamento de informações. Ela não é estática, pois a compreensão das pessoas sofre mudanças, para mais ou para menos.
Pretende-se com este novo conceito estabelecer a posição de cada pessoa num processo contínuo de competências que passa, também, pelas exigências sociais, profissionais e pessoais com que cada um se confronta na sua vida corrente.
A literacia é uma capacidade que está ao alcance de qualquer um. Quanto menos capacidades as pessoas têm menos autónomas são.
Sendo a literacia uma condição de cidadania, então, discutir, analisar a ideia de literacia é o mesmo que debater as condições em que queremos viver juntos, em sociedades abertas de múltiplas culturas. Esta noção vem, uma vez mais, reforçar a importância da literacia nos tempos correntes.

Este conceito poderá ser dividido em três modelos práticos, tais como literacia funcional, cultural e crítica.
Literacia funcional caracteriza a capacidade de decifrar o que está codificado em palavras e frases e perceber o seu dignificado a um nível superficial como por exemplo reagir a um sinal que traz uma instrução como “Perigo/Stop”.
Literacia cultural, tal como a anterior, poderá ser considerada passiva. É a capacidade de