Linguística Românica - Romanização

Universidade Federal da Bahia – UFBA
Instituto de Letras Vernáculas

1. Romanização
A) Conceito
- Conceito cultural e linguístico utilizado para a designação da civilização romana, sendo a expansão do poder de Roma e a introdução do latim nos territórios conquistados.

B) Cronologia da expansão
- Iniciou-se por volta de 272 antes de Cristo e tinha um caráter puramente político e econômico para o exercício do direito romano. Em 272 antes de Cristo, toda a Península Itálica ao sul dos rios Macra e Rubicão cai sob o domínio de Roma; em 241 a Sicília, entre a primeira e a segunda guerra púnica, em 238 a Sardenha e a Córsega, em 215 a Venécia; a partir de 197, a Hispânia; em 191, a Gália Cisalpina; por volta de 167, a Dalmácia; em 146, a África após a queda de Cartago; em 120, a Gália Meridional, no ano 50, a Gália Setentrional, no ano 15, a Récia e, finalmente, em 107 depois de Cristo, no governo de Trajano, a Dácia.

2. Latim
A) Latim Clássico
- O latim clássico surgiu após o latim primitivo com a criação da gramática. Era uma língua de jurista usada em ambiente formal e pouco falada pelo povo, apenas pelas pessoas letradas da época, a exemplo dos Patrícios.

B) Latim Vulgar – Fatores de Heterogeneidade (cronológicos, de comunicação, regionais/geográficos, dialetais, sociais, estilísticos).
- A modalidade do latim que foi levado de Roma e da Itália a todo o Império é um dos fatores mais notáveis para a origem das línguas românicas. Tais línguas não são a continuação do latim, mas do latim falado, do latim vulgar. Muito do sistema vocálico do latim vulgar forma a base do vocalismo da maior parte das línguas românicas, o latim vulgar esteve presente a partir do tempo que se falava latim. Apesar de muitos vulgarismos estarem presentes em todos os estratos sociais da população, no interior do latim vulgar existia uma grande variação. Porém a língua falada não era a mesma para todas as camadas da população romana, os patrícios, por exemplo, falavam