liderança - Eva Duarte
Maria Manuela Cebola
Nasce a 7 de maio de 1919 em Los Toldos, com o nome de Maria Eva
Ibarguren.
Filha ilegítima de don Juan Duarte, foi a mais nova de 5 irmãos.
Vive uma infância difícil e sofre a humilhação de ser filha ilegítima. Os dramas e humilhações deram-lhe a garra e a ambição, sonhando um dia viver a vida glamourosa que ouvia na rádio e via no cinema.
Em 1930 muda-se com a sua mãe e irmãos para Junín.
A 2 de Janeiro de 1935, aos 15 anos, deixa a família e muda-se sozinha para Buenos Aires para ser atriz.
Com pouca instrução e sem recursos enfrenta uma Buenos Aires em plena crise. Mas a sua obstinação não a deixa desistir. Faz pequenos papeis no teatro e até no cinema mas é na rádio que, anos mais
tarde, em 1939, acaba por se impor como atriz radiofónica.
Em 1943 um golpe de estado instaura uma ditadura de extrema-direita. Nessa altura tem um relacionamento amoroso com Aníbal Imbert, um militar líder do golpe político.
Eva já então era actriz de novelas radiofónicas e, sendo Aníbal Imbert quem controlava o
conteúdo das emissões radiofónicas, ela “interpretava Catarina da Rússia ou Elisabete da
Inglaterra, como se, inconscientemente, se preparasse para tornar-se rainha.” (História Viva).
A 22 de Janeiro de 1944 realiza-se um grande espectáculo de beneficiência no estádio Luna Park,
em Buenos Aires, para ajudar as vítimas de um grande terramoto que destruiu San Juan. Eva aproveita uma oportunidade e senta-se ao lado do coronel Juan Domingo Péron, apresentando-se como Eva Duarte.
Em junho de 1943 Perón foi um dos líderes militares encarregados de derrubar o governo civil e foi designado Secretário do Ministério do Trabalho, onde tomou diversas medidas a favor dos trabalhadores. Pouco dias antes tinha sido designado Vice-presidente ao mesmo tempo que mantinha a Secretaria do Trabalho e o Ministério da Guerra. Era um militar poderoso e um político em ascensão.