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A história da educação de surdos evoluiu continuamente, passando por muitas mudanças, turbulências e crises, proporcionando o surgimento de novas oportunidades. Por muito tempo os surdos foram considerados incapazes e incompetentes, pois acreditava-se que quem não ouvia, não era capaz de se comunicar e nem pensar, e consequentemente não poderia se desenvolver intelectualmente. Eram proibidos de freqüentar a escola e de conviver com outras pessoas, eram lançados ao mar, abandonados, trancados em asilos ou oferecidos em sacrifício aos deuses. A igreja os excluía por pensar que quem não pode falar e confessar os pecados não se salvaria. Os educadores para surdos surgiram na Europa no século XVI, e utilizavam de língua oral auditiva, língua de sinais, datilologia e códigos visuais. Destacou-se o educador espanhol Pedro Ponce de Leon (1520- 1584), iniciando a educação com o uso da língua de sinais, através de um alfabeto manual chamado de datilológico. A princípio a educação era destinada a surdos de famílias importantes, para que esses pudessem tomar posse de herança. No ano de 1620, Ivan Martim Pablo Bonet publicou o primeiro livro sobre educação de surdos. No século XVIII, Sammuel Heinicke utilizou do oralismo puro, falando que “sem palavra não há humanidade”. Charles Michel de L’Épée (1712-1789) defendeu a língua de sinais como sendo a língua natural e materna dos surdos. Em 1864, o Congresso Americano autorizou o funcionamento da primeira faculdade para surdos, em Washington, fundada por Edward Gallaudet. No ano de 1867, em uma assembléia, estabeleceu-se que a escola de surdos deveria fornecer treinamento da fala. Sendo que o treinamento orofacial para desenvolver a fala, passou a ser considerado parte do currículo das escolas. Em 1880 aprovou-se a metodologia oralista, proibindo-se a linguagem de sinais. Com isto, os surdos só aprenderam a falar algumas palavras que eram