lethicia direito

7758 palavras 32 páginas
Critica ao racionalismo
A crítica mais acentuada ao racionalismo foi desencadeada por Nietzsche. Em sua obra A genealogia da moral, Nietzsche se opõe à ética cristã e à ética racionalista. Chama a moral cristã de moral de escravo, porque a considera responsável pelo aprisionamento do homem à idéia do pecado. Ao mesmo tempo, acusa a ética racionalista de ter pretensões universalistas, impossível de se realizar. Afirma que a ética só é possível ao “homem nobre”. Admite que a casta nobre é, em princípio, sempre bárbara, mas toda elevação do homem se deve à sociedade aristocrática, pois nenhuma moral é possível sem um bom nascimento.
Essa moral aristocrática se move no sentido da afirmação da potência (ou força) dos instintos e desejos, considerada como libertadora.
A moral racionalista, segundo Nietzsche, é característica dos fracos que, temendo a vida, os desejos e as paixões, inventaram o dever, ordenaram a submissão da vontade à razão e impuseram o castigo para quem transgredisse suas leis. Nesse caso, a moral racionalista é, eminentemente, repressora e depõe contra a liberdade. Dessa forma, só os fortes (os aristocratas) conseguem romper com ela.
Para Nietzsche, o bem deve ser entendido como algo capaz de fortalecer os desejos vitais, enquanto o mal seria tudo aquilo que visa a enfraquecer tais desejos. Isso significa que toda e qualquer tentativa de regulamentação das ações morais assume um caráter coercitivo e, portanto, os enunciados morais devem obedecer apenas aos ditames do desejo.
O racionalismo é a negação da vida

«Da minha vontade de saúde, de vida, fiz a minha filosofia»

«Para o forte, o conhecimento, o dizer sim à realidade é uma necessidade tal como para o fraco, sob a inspiração da fraqueza, também é uma necessidade a cobardia e a fuga perante a realidade — o ‘ideal’»

Na segunda metade do século XIX, o pen­samento de Nietzsche constitui-se como a crítica mais radical e violenta contra a cul­tura ocidental estabelecida. Essa

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