Leroi-Gourhan
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
FICHAMENTO
O GESTO E A PALAVRA – 2 – MEMÓRIA E RITMOS
ANDRÉ LEROI-GOURHAN
HISTÓRIA DA ANTIGUIDADE ORIENTAL
PROF. EDGARD LEITE
RIO DE JANEIRO
Capítulo XVIII: Os símbolos da sociedade
“O homem só é homem na medida em que está entre outros homens e revestido dos símbolos representativos da sua razão de ser.” (LEROI-GOURHAN, 1965:121)
“A vida dos animais estende-se ao longo do percurso da espécie genética, mas a vida dos grupos humanos só pode enfrentar a substituição da ordem genética pela ordem étnica a coberto de um tempo, de um espaço e de uma sociedade inteiramente simbólicos, interpostos, à semelhança das coisas de uma ilha, entre a instabilidade necessária e o movimento anárquico do mundo natural.” (LEROI-GOURHAN, 1965:121)
“Com efeito, utensílio e linguagem são os atributos de um novo grupo zoológico [...] surgem, com os últimos Paleontropídeos, os primeiros vestígios do simbolismo gráfico. Entre o final do Musteriense e o Chatelperronense, 50.000 a 30.000 anos antes da nossa era, surgem simultaneamente as primeiras habitações e os primeiros símbolos gravados, simples alinhamentos de traços paralelos.” (LEROI-GOURHAN, 1965:122)
“A integração num espaço e num tempo concretos é comum a todo ser vivo, facto a que já fizemos alusão a propósito da estética fisiológica; entre os animais, esta integração traduz-se de diferentes formas, mas particularmente a nível de uma percepção de segurança obtida através da inclusão do indivíduo no espaço e no ritmo da manada, nas suas reações no perímetro de segurança, ou, ainda, na sua inserção num refúgio fechado, permanente ou temporário, como seja um ninho ou uma toca.” (LEROI-GOURHAN, 1965:122)
“Na base do conforto moral e físico do homem encontra-se a percepção puramente animal do perímetro de segurança, do refúgio fechado ou dos ritmos