LENDO E APRENDENDO

* Ética e Segurança Pública

“A ética não cria a moral. Conquanto seja certo que toda moral supõe determinados princípios, normas ou regras de comportamento, não é a ética que os estabelece numa determinada comunidade. A ética depara com uma experiência histórico-social no terreno da moral, ou seja, com uma série de práticas morais já em vigor e, partindo delas, procura determinar a essência da moral, sua origem, as condições objetivas e subjetivas do ato moral, as fontes da avaliação moral, a natureza e a função dos juízos morais, os critérios de justificação destes juízos e o princípio que rege a mudança e a sucessão de diferentes sistemas morais.” Vásquezi (2007).

Seguindo o pensamento de Vásquez, não se pode confundir ética e moral, mas ambas mantêm uma relação intrínseca na vida do ser humano. Servindo como um instrumento para ajudar as pessoas a viverem em sociedade, reduzindo a ocorrência de conflitos e resguardando interesses coletivos.

É partindo do pensamento que á ética é um instrumento regulador das relações humanas e, conforme Aristótelesii, o homem de Estado, tem a atribuição de fazer seus concidadãos, homens de bem, cumpridores das leis e, que não há nenhum efeito das normas éticas se as mesmas não forem interiorizadas pelo homem, que precisamos nos atentar para as práticas adotadas pelos homens de Estado, uma vez que os comportamentos éticos nascem de atitudes semelhantes.

Seguindo essa compreensão que precisamos ter uma atenção especial para as ações praticadas pelos servidores públicos, no caso deste texto, em especial os profissionais da segurança pública. Analisar se esses profissionais observam os princípios éticos e legais na sua atuação junto à sociedade.

A formação do ser humano é uma prática aprendida, e esse aprendizado tem relação direta com o comportamento ético que a pessoa adota em sua vida. Sendo assim, a conduta punitiva adotada pelos agentes de segurança pública não podem ser uma ação que causam pavor ou tem um caráter