LAGOAS DE ESTABILIZACAO
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
CIV 444 – TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS I
Dimensionamento de Lagoas de Estabilização
Vanessa Andrade Fonseca – 67410
VIÇOSA – MG
Julho, 2014
Sistema de Lagoas Anaeróbias
Introdução
Conforme Von Sperling (2009), as lagoas anaeróbias exigem condições estritamente anaeróbias, sendo alcançadas por meio do lançamento de uma grande carga de DBO por unidade de volume da lagoa, fazendo com que a taxa de consumo de oxigênio seja várias vezes superior à taxa de produção, tornando as produções por fotossíntese e por reaeração atmosférica, desprezíveis.
Segundo o mesmo, a conversão da matéria orgânica em condições anaeróbias é lenta, pelo fato das bactérias se reproduzirem numa vagarosa taxa, uma vez que as reações advindas da anaerobiose geram menos energia do que as reações aeróbias de estabilização da matéria orgânica.
As lagoas são profundas, reduzindo assim, a área requerida para construção. Com a ordem de 3 a 5m de profundidade, reduz a possibilidade de penetração do oxigênio produzido na superfície para as demais camadas, garantindo uma condição anaeróbia estrita. Possuem uma eficiência de remoção de DBO na ordem de 50-70%, contudo, a DBO efluente ainda é elevada, sendo necessária uma unidade posterior de tratamento, sendo usualmente empregada a lagoa facultativa.
Para o presente trabalho, a área de estudo será a cidade de Belo Horizonte - MG, focando-se no bairro central, em que, pelos dados obtidos por meio do censo IBGE 2010, a população totaliza 16592 habitantes. Contudo, os dados utilizados são dados de projeto para 20 anos. O modelo adotado para estimar os contingentes populacionais dos municípios brasileiros emprega a metodologia desenvolvida pelos demógrafos Madeira e Simões, onde se observa a tendência de crescimento populacional do município, entre dois Censos Demográficos consecutivos, em relação a