Juventude e sexualides

11370 palavras 46 páginas
Juventudes e sexualidade

APOIO: (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/MINISTÉRIO DA SAÚDE / COORDENAÇÃO NACIONAL DE DST/AIDS/SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES/INSTITUTO AYRTON SENNA

INTRODUÇÃO
A década de 1990 surpreendeu os estudiosos da área com o rejuvenescimento da fecundidade no país. Em 1980 cabia às mulheres de 25 a 29 anos o maior número médio de filhos dentre os grupos etários na faixa reprodutiva. O primeiro deslocamento para o grupo mais jovem, de 20 a 24 anos, ocorre em 1991, mantendo-se em 2000. Além disso, enquanto a fecundidade declinou em todos os grupos etários nos últimos dez anos, as jovens de 15 a 19 anos representaram pela primeira vez uma exceção, com um crescimento de 25% entre 1991 e 2000.
Vale notar também que vem aumentando a importância relativa desse grupo etário no cômputo da taxa de fecundidade total. De 9% em 1980 passa a 14% em 1991, e em 2000 a fecundidade das jovens de 15 a 19 anos já responde por 20% do número total de filhos tidos pelas mulheres ao longo de todo o período reprodutivo, ou seja, de 15 a 49 anos.
Chama a atenção ainda que a maior parte dessas jovens mães é constituída por solteiras, proporção que veio crescendo no período 1991-2000, passando de 80% para 94%. A distribuição relativa dos nascimentos por idade da mãe mostra que foi entre aquelas com 15, 16 e 17 anos que ocorreram aumentos entre 1991 e 2000, caindo a participação relativa, embora majoritária, nas idades de 18 e 19 anos.
Os dois últimos censos mostraram ainda que esse aumento de 25% não foi uniforme em todas as camadas socioeconômicas. Foi mais expressivo entre as jovens menos escolarizadas, alcançando 44%, e as mais pobres, com aumento de 42%. Embora mais intenso nas áreas urbanas, o aumento ocorreu também no meio rural.
Esse quadro, que em grande parte é o reflexo de

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