Justiça para platão e rousseau
Em épocas diferentes, esse dois escritores assumem visões parecidas e que muito nos diz respeito quando falamos de ética, moral e principalmente justiça. Torna – se necessário então um estudo mais profundo de seus discursos e princípios, além da identificação de suas ideias na sociedade em que vivemos.
Mas, antes de aprofundarmos nossos estudos em suas similaridades, é necessário conhecer um pouco desses autores.
Platão é um importante filósofo grego nascido em Atenas, provavelmente em 427 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Suas ideias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das ideias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria).
Suas obras mais importantes e conhecidas são: Apologia de Sócrates, em que valoriza os pensamentos do mestre; O Banquete, fala sobre o amor de uma forma dialética; e A República, em que analisa a política grega, a ética, o funcionamento das cidades, a cidadania e questões sobre a imortalidade da alma.
A filosofia em Platão segue uma orientação ética: ensina o homem a desprezar os prazeres, as riquezas e as honras. A finalidade do homem em Platão é procurar transcender a realidade, procurar um bem superior em relação àquele que perdeu. Para se atingir este bem o homem necessita viver numa "cidade perfeita" , ou “A República”. “O homem mais feliz é o justo; bem mais do que o injusto num mar de delícias”.
A ideia de justiça platônica dentro da sociedade se aplica ao “dar a cada um o que lhe convém”. Dentro dessa ideia, ele entende como justo que cada um receba de acordo com suas aptidões. Assim, os mais grosseiros devem-se dedicar à agricultura, a produção, ao artesanato