Juscelino e a Política Externa Brasileira

1. INTRODUÇÃO

É possível percebermos que, no período do Pós-Guerra, a América Latina começou a se ver isolada política e economicamente, enquanto os países da Europa passavam pelo processo de unificação e, sendo assim, reconstrução simultânea de seus países, através do apoio do Plano Marshall. O sucesso desta parceria de nações serviu para contrastar com a situação constante, de diversos problemas de subdesenvolvimento, que o continente sul americano enfrentava.
Sendo assim, surge a Operação Pan-Americana (OPA), desenvolvida pelo Presidente Juscelino Kubitschek, que tinha como objetivo aliar os países latino americanos a fim de apontar e, posteriormente, resolver os problemas que faziam com que aqueles países permanecessem estagnados no âmbito de desenvolvimento. Os Estados Unidos, no contexto da Guerra Fria, é convencido da instabilidade política existente nessa área e, temendo o avanço da influência soviética, prontamente se disponibilizou a apoiar os países sul americanos.

2. DESENVOLVIMENTO
Apesar da política externa de Juscelino Kubitschek (1956-1961) não ter sido extremamente significante logo nos primeiros anos de seu governo, ela apresentou uma real importância histórica para as Relações Internacionais do Brasil. A criação da OPA foi um marco para a política externa brasileira, pois foi capaz de sinalizar o multilateralismo como uma importante forma de atuação do país no cenário mundial.
Os planos de governo de Juscelino eram claramente focados em obter grande quantidade de investimento exterior, algo que só poderia ser possível através da abertura da economia brasileira ao capital estrangeiro, a fim de atrair as nações macroeconômicas existentes no cenário internacional para fazerem parte do novo aparelhamento econômico brasileiro.
Além disso, Kubitschek se preocupou com o fortalecimento dos setores de produção de bens de consumo duráveis, manobra que permitiu impulsionar a industrialização do país. Ou seja, durante os primeiros anos de seu