Jogos colusivos

Introdução
De acordo com Léo Pais (2008) a identidade feminina que se manifesta nas relações conjugais tem sua formação influenciada por processos inconscientes que ocorrem durante as fases do desenvolvimento psicossexual, tendo como base o pensamento ortodoxo freudiano.
Freud em seus inúmeros trabalhos descreve a fase oral como aquela em que o foco de prazer é a boca e o objeto de desejo da criança é o seio da mãe, a função do seio vai além da alimentação.
Na fase anal tem início a diferenciação de características ativas e passivas. O foco do prazer é o ânus e a criança começa a aprender a controlar o esfíncter, podendo usar as fezes de forma agressiva ou carinhosa em relação a sua mãe, ao ofertá-las.
A fase genital é marcada pela descoberta das crianças de que meninos são diferentes das meninas e de que a região genital proporciona prazer. Os acontecimentos desta fase levam ao desenvolvimento da feminilidade e da masculinidade e do poder do falo: a menina compara o pênis do menino com seu clitóris e o menino compara o seu pênis com o de seu pai e ambos sentem que tem menos poder que o outro.
Até a fase fálica a menina tem uma relação ambígua com sua mãe, onde alterna momentos de carinho com agressividade. A relação com o pai tem muitos elementos similares, provenientes desta relação inicial íntima com a mãe. Para a construção da identidade feminina este é um momento muito significativo, pois a descoberta da ausência de um pênis provoca na psique um trauma, uma ferida narcísica que será levada por toda a vida, mas o olhar do pai neste momento, reafirmando a beleza, inteligência e outras qualidades da filha será essencial para que ela reúna as condições mais favoráveis para sua constituição feminina futura.
Na fase pré-edípica, de acordo com Freud, a hostilidade da menina para com sua mãe atinge seu nível máximo quando ela descobre que seu pênis não crescerá, já que sua mãe também na possui um. Ela culpa sua mãe por essa ausência. Essa descoberta põe fim