Janela Demográfica

"A janela demográfica não é suficiente para fazer um país crescer. É preciso criar empregos para a população mover a economia". Tais de Freitas Santos, pesquisadora UNFPA)

JANELA DEMOGRÁFICA

A expressão “janela demográfica” é resultante de um estudo da ONU para classificar os países que passam por momentos de crescimento populacional propícios ao desenvolvimento econômico.
A análise é baseada na razão de dependência dos habitantes de cada país, ou seja, da população que não representa força de trabalho para a economia (as crianças de 0-14 anos e os idosos com mais de 60 anos). Se uma nação tem a soma do número de jovens abaixo de 15 anos e dos adultos acima de 60 anos menor do que a porção economicamente ativa, então há uma oportunidade demográfica de desenvolvimento: a “janela demográfica”.
Nessa janela demográfica, a população dependente é inferior à economicamente ativa, com idade entre 16 e 59 anos.
O Brasil tem hoje, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 51,1 milhões de jovens com menos de 15 anos de idade. Há 15,7 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Somadas, significam 66,9 milhões de habitantes. A divisão desse número pela quantidade de (PEA) População Economicamente Ativa - 101,2 milhões - resulta em uma razão de dependência de 0,66 (inferior a 1, considerado o limite para a janela demográfica).
A queda da fecundidade brasileira (1950 - média de 6 filhos para 2010 - menos de 2 filhos) deu origem a essa oportunidade demográfica com efeitos benéficos no plano econômico.
Recente pesquisa cita o país como exemplo, pois a queda da fecundidade no Brasil elevou em 0,7 pontos percentuais o crescimento anual do PIB per capita.
A pesquisadora Taís Freitas, da UNFPA), revela outras oportunidades da janela demográfica. "A diminuição da população em idade escolar dá a possibilidade ao país de parar de investir em infra-estrutura de escolas para focar-se na melhoria do ensino