Inutilidade ou valor da filosofia
001201001989 9º Sem
Bragança Paulista
2014
INUTILIDADE OU VALOR DA FILOSOFIA
Vem diminuindo o numero de candidatos às faculdades de filosofia.Quais as possíveis razões e significação desse desinteresse?
Conceitos pejorativos
De acordo com uma concepção muito difundida, a filosofia seria a ciência das inutilidades.Na mesma linha é a definição humorística da filosofia proposta por Voltaire:”Quando dois homens discutem,falando daquilo que não entende e o outro fingindo que está entendendo,então eles fazem filosofia...”.
No campo da filosofia jurídica, Motulsky refere conceito semelhante de um jurista inglês,para quem “filosofia do direito é tudo o que,no campo do direito,não tem utilidade prática”.
No Brasil, o filósofo tem sido olhado como um ser estranho e meio marginal. ”Algo como um louco manso,que,farto de trabalho sério,se entrega a ocupações vadias,como colecionar selos ou borboletas.
A filosofia reduzir-se-ia, assim, a uma série de intermináveis, sem nenhuma utilidade ou função séria na vida social. E, particularmente no Brasil, seu estudo representaria, apenas,desperdício de tempo e de recursos. Qual a validade dessas afirmações?
Discussões e divergências
Em uma perspectiva filosófica, tais discussões encerram, entretanto, uma lição: revelam de um lado, a complexidade do mundo real, e de outro, as limitações e condicionamentos da inteligência humana. Uma das grandes lições da filosofia é a modéstia. Pitágoras não aceitava sua designação como sábio, mas se declarava apenas amigo e cultor da sabedoria. Na mesma linha, Nicolau de Cusa afirmava que o ideal da filosofia é a “douta ignorância” porque, na medida em que se aprofunda seus conhecimentos, o homem se apercebe da vastidão de assuntos que ignora. Ele sabe alguma coisa, mas sabe que ignora a maior parte. Ele sabe que não sabe, ao contrário do pretensioso, que não sabe e não sabe