A (in)utilidade da Filosofia

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Filosofia, útil ou inútil?
“A Filosofia é inútil: para nada serve” é a primeira resposta que obtemos. No entanto, terá a anterior pergunta uma resposta assim tão simples? Mas, afinal, o que se entende, na Filosofia, por útil ou por inútil?
Começando pela utilidade, onde a alimentação, a saúde, o descanso e as necessidades fisiológicas são exemplos, podemos dizer que é um domínio em que os seus objetivos são concretos, práticos e imediatos. É o útil o que nos relaciona com animais, ou seja, se nos limitarmos ao útil estamos a seguir os comportamentos dos animais. Não querendo isto dizer que nós, os humanos, sejamos animais, mas sim que ao nos confinarmos a concretizar as nossas necessidades biológicas, nos assemelhamos com eles. Para além disso, não nos satisfazemos quando realizamos apenas as necessidades básicas, estando assim a sobreviver. Seguindo para a inutilidade, entendemos que esta é uma utilidade mediata, indireta, onde a Literatura, a arte, a música e a Filosofia se enquadram. É a partir deste domínio que nos distinguimos e nos definimos enquanto pessoas e nos diferenciamos dos animais, tendo dimensões que eles não possuem. É, também, pelo inútil que o Homem se realiza, pois está a satisfazer as suas necessidades superiores, ou seja está a viver. Podemos ainda concluir que o inútil é o que nos torna Humanos. Voltando, agora, à resposta inicial “A Filosofia é inútil: para nada serve”, já podemos entender que a inutilidade é o melhor que a filosofia tem, é a sua maior caraterística, pois estamos a dizer que é a coisa mais humana que se conhece. Sabemos que a filosofia está condenada ao fracasso, pois, até agora, nenhum filósofo encontrou a verdade. Ao dizermos isso, estamos a elogiar a Filosofia, uma vez que esta assim nunca morre, ou seja, há uma resposta que se quer encontrar, uma resposta que fica em aberto, em que se vai continuar a pensar. Resumindo, não é por não conseguirmos encontrar a verdade, encontrar soluções, que a filosofia irá

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