Introdução a Ionosfera

1 Introdução
A atmosfera é dividida em regiões distintas
(troposfera, estratosfera, mesosfera e termosfera), sendo que na parte superior da atmosfera (mesosfera e termosfera) coexiste com a porção ionizada da atmosfera, denominada ionosfera, na qual desempenha um papel importante na propagação de rádios-comunicação (RF) de longa distância. Esta região ionizada está localizada entre
70 km até aproximadamente 1000 km de altitude e pode ser dividida em diferentes camadas (regiões) de acordo com suas características. As camadas da ionosfera terrestre são a camada-D, localizada entre 70 e 90 km de altitude, a camada-E localizada entre 90 e 150 km de altitude, a camada-F1 localizada entre 150 e 200 km de altitude e a camada-F2 localizada entre 200 e 1000 km de altitude.
A ionosfera é ionizada através da radiação solar na faixa espectral do extremo ultravioleta (EUV) e dos raios-
X, processo chamado fotoionização.
A ionosfera é formada por cargas elétricas negativas
(elétrons) e positivas (íons), chamado de plasma ionosférico. O plasma ionosférico apresenta características elétricas e, portanto interage com as ondas eletromagnéticas (RF) podendo causar a refração ou a reflexão das mesmas. A camada-F localizada entre 250 -
400 km de altitude é a região da ionosfera com maior densidade de plasma e dependendo do tempo e do lugar, esta camada é considerada a mais importante para as rádiocomunições.
Por esta razão o grupo de pesquisa em Física espacial da Univap, concentra os seus estudos nesta camada. O trabalho pioneiro [1] em 1938 utilizando observações de sondagens ionosféricas em Huancayo, Peru,
(região do equador magnético) mostrou a presença dos traços de espalhamento na região-F, que indica a presença de irregularidades ionosféricas que são denominadas
“spread-F” (Figura 1). As “spread-F” distinguem-se em pequena escala do tipo freqüência e de grande escala do tipo “range”. As “spread-F” do tipo “range” geradas na região equatorial