Introdução ao método da teoria social

As condições de trabalho e de vida dos trabalhores eram de extrema precariedade. As jornadas de trabalho variavam de 12 á 16 horas por dia. Não havia descanso semanal, férias, o contrato de trabalho inexistia ou era simplesmente verbal, não podendo recorrer juridicamente em casos de acidentes de trabalho, morte, doença e etc.;

Os baixos salários eram insuficientes para sustentar a família, então as mulheres e crianças foram obrigadas á entrarem no mercado de trabalho, o que facilitou ainda mais a exploração da força de trabalho.

Diante das difíceis condições de vida e de trabalho, a classe operária começou a se organizar e lutar para melhoria das condições de trabalho. As principais reinvindações eram: diminuição da jornada de trabalho para 8 horas, repouso semanal, regulamentação do trabalho da mulher e da criança e aumento salarial. Os movimentos operários vão ganhando visibilidade, as greves são freqüentes e duradouras.

Com muita luta foi criado em 1923 o Conselho Nacional do Trabalho (CNT), órgão que tratava de assuntos referentes á organização do trabalho.

Em 1930 é criado o Ministério do Trabalho Indústria e Comércio, que segundo Getulio Vargas seria a maneira de amenizar os conflitos entre a classe operária e os donos das fábricas.

Entre 1930 e 1943 novas leis trabalhistas foram criadas, entre elas foram:

- criação do salário mínimo e da carteira de trabalho;
- jornada diária de 8 h;
- direito a férias anuais remuneradas;
- descanso semanal e direito à previdência social;
- regulamentação do trabalho do menor e da mulher.

Ao mesmo tempo em que o Estado atendia em parte, as reivindicações dos trabalhadores, criou também condições de controlar e organizar o mercado de trabalho, favorecendo a acumulação do capital, além de reprimir o movimento operário com o auxilio da polícia militar.

A intenção do Estado era se atrelar ao sindicato, pois assim ele conseguiria impor uma série de condições e