Injúria Racial e Racismo

Recentemente, assistimos a um triste episódio em uma partida brasileira de futebol. Em um jogo entre as equipes do Santos e do Grêmio, ocorreu uma série de provocações, vindas de parte da torcida do Grêmio, ao goleiro do time do Santos, Aranha. Tais provocações, de cunho racial, partiram da parcela da torcida que estava atrás do goleiro durante o segundo tempo de jogo. O jogador é negro e proferiram contra ele xingamentos, como macaco, e imitações de guincho – barulho produzido pelo animal. O caso revoltou o goleiro, que estava visivelmente chateado no apito final.
Os meios de comunicação logo anunciaram o fato, que foi recebido por brasileiros e estrangeiros com bastante comoção. Embora a maioria das mídias tenha noticiado que o episódio foi dotado de racismo, na realidade, o caso foi um exemplo de injúria racial – os supostos responsáveis pelo crime pretendiam ofender a honra de Aranha; para ser considerado racismo, seria necessário que, por exemplo, os torcedores tentassem impedir o acesso do goleiro ao gramado ou sua contratação, fazendo uso de sua cor para justificar tais tentativas.
Jornais, revistas, rádio, televisão e internet, no dia seguinte ao caso todas as mídias concentravam seus esforços em noticiá-lo e expressavam opiniões acerca dele. Era impossível encontrar qualquer tipo de defesa ou declaração a favor dos torcedores envolvidos no episódio, a não ser quando os próprios foram chamados a comentar o fato e procuraram se justificar. A maioria dos entrevistados, tanto do meio futebolístico quanto pessoas comuns, se demonstrou a favor de maiores punições como tentativa de acabar com este tipo de comportamento.
Algumas notícias mostraram o quanto os casos de racismo e injúria racial são comuns no meio futebolístico, são dezenas de casos. Em jogo do Santos contra o Mogi Mirim, o jogador santista Arouca foi chamado de macaco e disseram para ele procurar um time africano para jogar. Em um clássico entre Real Madrid e Barcelona, Daniel Alves ouviu