Inglaterra Medieval nos séculos XI a XIII

Desde a última invasão às Ilhas Britânicas em 1066, conhecida por Batalha de Hastings, a sociedade inglesa sofreu grandes alterações a nível político, social e cultural. A Inglaterra foi tomada por Guilherme da Normandia - O Conquistador, e esta ocupação normanda foi considerada uma conquista aristocrática, pois aos seus seguidores foram atribuídas terras, abolindo assim a antiga nobreza e dando origem a uma nova aristocracia. No século XI durante o seu reinado, Guilherme I convocou os nobres possuidores das terras para que jurassem fidelidade ao seu rei, acontecimento nomeado como SalisburyOath ocorrido em 1086, com o objetivo de proteger as fronteiras das ilhas. Também a criação de laços sociais, designadamente o laço de lealdade, obrigava os nobres a servirem e protegerem somente o seu rei, aplicando os senhores esse mesmo fundamento aos cavaleiros a quem facultavam as terras (liegehomage). As alterações políticas foram verificadas com a criação de organismos com relevância no poder real e na organização do parlamento. Inicialmente cabia apenas ao rei todas as decisões, mas devido à rebelião dos nobres e aos desentendimentos com o Papa, surgiu a Magna Carta em Runnymede no ano de 1215, designada como o “documento fundador da democracia parlamentar britânica”, sendo posteriormente criadas medidas que tornaram o Exchequer num organismo completamente inovador, pois o poder do rei passou a ser partilhado com os nobres e clérigos. A noção de Parlamento observou-se nas reuniões existentes no Grande Conselho, às quais os nobres eram convocados, onde eram elaborados os PipeRolls que exprimiam uma forte organização relativamente às finanças e justiça do reino, e era nestas assembleias que o rei obtinha o feedback relativamente às suas leis e política.
A sociedade medieval inglesa vivia do cultivo das terras em campos abertos de elevadas proporções, chamados openfields, e os camponeses para tratarem dessas terras cultiváveis tinham de pagar aos proprietários.