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1) Desenvolva um texto, tendo como base o pensamento de Foucault,
Hannah Arendt e Adorno, sobre a relação entre ética, violência e sociedade. Observadas a sociedade e o poder, temos por consequência a existência das ‘relações de poder’; para compreender melhor o que é poder pode-se usar o pensamento de Foucault, que definia o poder não como uma coisa, um objeto, nem como uma propriedade, mas sim como algo inerente à sociedade, estendendo-se por toda ela, e assim criando relações de poder, que a priori são universais aos indivíduos. Considerando as relações de poder, verifica-se historicamente a existência de práticas que objetivam a manutenção da ordem social, se analisada em um contexto Moderno, a ordem social seria a extensão da vontade régia; no contexto contemporâneo, a ordem pode ser entendida como a manutenção da integridade da sociedade, baseada nos preceitos da ética e da moral, como os costumes e leis.
Até o século 18 era comum o suplício, onde, em ato público, o condenado era executado para assegurar a centralização do poder de um soberano, como Robert François Damiens que tentou assassinar Luís XV da França; o soberano ‘lesado’ pela tentativa, pôs em prática a sua vingança torturando-o até a morte. Caso semelhante ao que aconteceu no Brasil com Tiradentes.
Foucault aborda esta temática em seu livro ‘Vigiar e Punir’, no qual demonstra que ao longo da história, o ato de punir, a priori executado pelo suplício, tornou-se socialmente inviável pelo questionamento ético sobre o valor da vida, mesmo de um ‘criminoso’, e gradualmente foi surgindo uma alternativa que visava humanizar a punição: a prisão. A prisão, ou exclusão social, tomou frente como forma de punição que asseguraria as relações de poder; no entanto, o cárcere foi apenas um meio de distanciar o suplício dos olhos da sociedade. Juntamente com a prisão/punição, a vigilância se fez uma ferramenta aplicada não só àqueles já exclusos da meio social, como também em toda a extensão das