Imortancia do lúdico no processo e aprendizagem

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1-INTRODUÇÃO Durante muitos anos, o acto de ler foi entendido como uma actividade essencialmente perceptiva. Pensava-se que o mais importante para aprender a ler era uma boa capacidade para discriminar formas visuais e sons.Pensava-se igualmente que as crianças só aprenderiam a ler, se tivessem desenvolvido um conjunto de aptidões pedagógicas tais como: um certo grau de organização perceptiva-motora, um desenvolvimento adequado da linguagem, um determinado nível de estruturação espaço temporal, uma correcta organização do esquema corporal, um bom nível de desenvolvimento intelectual.
Considerava-se que todos estes aspectos constituíam pré-requisitos para a aprendizagem da leitura, ou seja, que, sem os ter adquirido, as crianças não conseguiam aprender a ler bem. Estas concepções repercutiram-se nas práticas pedagógicas, quer de professores, quer dos educadores do pré-escolar, dando origem às chamadas actividades propedêuticas da leitura, baseadas, como todos sabemos, em exercícios de estimulação sensorial e perspectiva, em grafismos e outras actividades destinadas ao domínio progressivo das noções de espaço, ritmo, tempo, etc.
Acredita-se, então, que as competências desenvolvidas com estes exercícios são aproveitadas pelas crianças no acto de ler. Assim, uma criança que distingue, por exemplo, um pato com o bico virado para a direita de outro com o bico virado para a esquerda, facilmente vira a distinguir uma das letras. A isto se acrescenta a ideia de que as crianças não sabiam nada sobre a leitura, antes do ensino formal, ou seja, antes da entrada para a escola. O papel do jardim de Infância no emergir as competências da leitura sustenta o desenvolvimento do presente trabalho.

1.1- A EMERGÊNCIA DA LEITURA E ESCRITA NA PRIMEIRA INFÂNCIA Vivemos em sociedade, logo as aprendizagens devem ser contextualizadas no social e não apenas no individual. O prazer da leitura e da escrita não formal é o prazer de conhecer diferentes realidades,

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