Imagem

KAMPER, Dietmar. Imagem, in: Annablume (Ed.). Mídia e Imaginário; Gustavo de Castro; São Paulo:, 2012.Cap.1, p. 17-27

Kamper inicia o texto fazendo uma análise do sentido literal da palavra “imagem”, para que possamos entender seu significado ambivalente: um meio mágico pelo qual uma coisa toma forma ou simplesmente uma reprodução e cópia do real. Essa mágica por onde a imagem transita é a reprodução do real, de como as coisa são, e no que acreditamos que são. Ao mesmo tempo, somos inundados de imagens que efetivamente preenchem um vazio que jamais existirá. A imagem vista como um espelho, um carimbo, nada mais é do que a aproximação da coisa real. Ou ainda, a imagem ao ser reproduzida é uma ilusão que se confunde com o ser representado. Para o autor, a imagem simulação técnica. Os homens vivem e são sustentados pelo seu universo imaginário, não vivem de fato no mundo, são consumidos por imagens de coisas que representadas em suas mentes fazem o papel de “monstros” da vida, onde afloram sentimentos e perturbações de onde dificilmente serão libertados. “Somente a imaginação pode ajudar a lutar contra o imaginário”(p.22) . Nossa razão sempre associa imagens aos sentimentos que temos ligados à consciência. Dessa maneira, estamos sendo enganados pelo nosso próprio imaginário, ou seja, quando queremos esquecer ou banir da nossa vida algo, associamos a uma imagem, desta forma estamos eternizando-o. Apesar de todos os contrapontos e ambigüidades do conceito de imagem, seria representa três funções: presença mágica, reprodução hábil e

impossível uma existência sem ela. Seria como não existir, porque as imagens são a substituição daquilo que as representa sem confundir com seus objetos. O próprio pensamento se confunde com a imagem: a imagem dentro deste ambiente pode ser uma presença de espírito, uma lembrança ou uma ilusão. Justamente pensando nestes pontos, humana. podemos acabar com os conflitos do imaginário e os monstros da mente