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ÉTICA GREGA

São objeto de uma atenção especial na filosofia grega os problemas éticos, uma vez que democratizada a vida política da Antiga Grécia. Sucede ao naturalismo dos pré-socráticos, considerados os filósofos do primeiro período uma preocupação com os problemas do homem e com os problemas políticos e morais. As idéias de Sócrates, Platão e Aristóteles estão relacionadas com a existência de uma comunidade democrática limitada e local (pólis), de maneira que a filosofia dos estóicos (que viviam de acordo com a lei racional da natureza e indiferença em relação a tudo que é externo ao ser) e dos epicuristas (cuja base ética girava em torno do prazer, que consistia na aponia e apraxia) surge quando este tipo de organização social já está ultrapassado e a relação indivíduo-comunidade se apresenta em outros termos.A noção de bem na ética grega.
O pensamento deve ser capaz de imaginar um ideal do "melhor agir" ou do "melhor ser", a respeito das relações dos homens entre si, do estatuto da sua vida social. Para podermos ser capazes de determinar a natureza da noção de bem ético, faremos um levantamento histórico tomando como base a obra de Léon Robin.
Nos poemas homéricos, mais do que uma justiça divina, encontramos em Zeus o poder de realizar todos os seus caprichos, socorrer os seus favoritos, satisfazer as suas paixões. Os deuses, a exemplo dos homens, sentem cólera e desejo de vingança, e estão longe de ser portadores do direito. Isto causa um sentimento de incerteza com respeito à vida, que é bem representado pelo pessimismo de Teógonis. Talvez seja a partir de Sólon e nas suas Elegias que aparece a confiança, por parte dos mortais, na justiça divina.
A princípio surge um direito puramente familiar, constituído pela themis (lei natural ou divina, Themis é a deusa da justiça), isto é, por um código que uma revelação divina tinha trazido ao genos (família, linhagem), do qual o seu chefe era o depositário e intérprete. Aos poucos esse direito familiar vai se

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