Iconografia e iconologia

Erwin Panofsky, Significado das Artes Visuais

Recensão ‘’Sobre a Iconografia e Iconologia’’

Segundo Erwin Panofsky, iconografia identifica o significado das obras de arte em confronto com a sua forma. Esta forma, tem uma expressão visual que utiliza imagens para reproduzir um tema, de modo a adquirir a origem e criação das imagens. No capítulo citado, o autor, distancia e analisa iconografia e iconologia em fases distintas. Primeiramente,trata o significado primário ou natural, que divide-se em factual e expressional. Na óptica de Panofsky, esta fase aborda uma pré–iconografia. Sucede, no quotidiano quando indentifica-se mecanicamente, uma expressão ou gesto. Esta evidência, dá-se pela experiência social e cultural que o ser humano adquire. Para exemplificar, o autor referencia o momento em que uma pessoa cumprimenta alguém ao levantar o chapéu, pois entende-se que está a ser cavalheiro. Apesar do significado formal, também é possível identificar o gesto como significado factual, pela facilidade de entendimento. Panofsky, ainda interpreta esta imagem, como símbolo de respeito, visto que, a partir da forma como as pessoas procedem, consegue-se perceber as emoções, hospitalidade ou amizade. Sendo assim, intitula-se este significado como expressional, por abranger uma empatia e não uma identificação fácil e automática (factual). Por sua vez, se o observador não estivesse consciente da interpretação e relevância de erguer o chapéu, jamais se perceberia que se trata de um cumprimento. Nesta situação, o autor refere que a acção é reconhecida e compreendida por formas puras. Na segunda fase, o modo é mais convencional. Esta requer, mais do que a experiência quotidiana ou cultural. É indispensável o conhecimento adquirido em livros de mitologia, história e informação dirigida aos temas e conceitos das imagens, histórias ou alegorias que utiliza-se para interpretar uma obra de arte. Por consequente , é necessário uma correcta aplicação da iconografia para que haja uma