hortas verdes

Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Pós Graduação em Perícia Ambiental

Disciplina de Indicadores Antrópicos

Prof.: Simone
Aluno: Heitor Rasmussen Ribeiro
Goiânia 01/10/2012
Desde a década de 1950, quando se iniciou a “revolução verde”, foram observadas profundas mudanças no processo tradicional de trabalho na agricultura bem como em seus impactos sobre o ambiente e a saúde humana (Moreira et al., 2002). Apostou-se pesado no desenvolvimento de novas tecnologias baseadas no uso intensivo de agentes químicos para o controle biológico de pragas. Porem esses avanços não foram precedidos, com igual eficiência, por politicas que qualificassem propriamente o trabalhador rural tornando-o capaz de avaliar os riscos inerentes a estes tipos de praticas. Principalmente a partir da década de 70, com os grandes fluxos migratórios do meio rural para o urbano e uma economia grandemente apoiada nas exportações agropecuárias (39% da balança comercial brasileira segundo dados de 1996 do Ministério do Meio Ambiente), houve uma grande pressão por parte do mercado interno e externo por uma produção cada vez maior e acelerada apelando muitas vezes para o uso indiscriminado de agrotóxicos. Estima-se que em dados globais o consumo de agrotóxicos tenha a ordem de e 2,5 a 3 milhões de toneladas/ano (Agrofit, 1998), e que esse crescimento não assistido de maneira correta seja responsável, na estimativa mais baixa, pela contaminação de cerca de 3% dos trabalhadores rurais brasileiros que convivem diretamente com agentes químicos de controle biológico (Almeida & Garcia, 1991; Faria et al., 2000; Gonzaga et al., 1992). Como caráter agravante, aliam-se a estas estatísticas o baixo grau de escolaridade e de qualidade de ensino na zona rural, a carência de saneamento básico, dificuldades financeiras, entre outros. O trabalhador e sua família, diante das pressões de um mercado exigente, encontram-se exposto a todo nível de contaminação, seja ela