Homossexualidade, uma reflexão

O pensar psicológico sobre a homossexualidade

Elaine Alves Pereira

É difícil estabelecer ainda ao certo a causa ou o que de fato venha a ser as razões que levam o sujeito à homossexualidade. Contudo é ainda mais difícil falar sobre o que neste trabalho trato como sendo o estereótipo da homossexualidade masculina: os trejeitos, o tom feminino dado à voz, o modo de andar, ou seja, aquilo que coloca em destaque a figura masculina afeminada.

A dificuldade, além de teórica, diz também das diversas visões que este tipo de comportamento gera dentro do próprio nicho homossexual. Em discussão temos não só a questão da aceitação social dentre os homossexuais, quanto ao desejo explicito de mostrar ao mundo que o sujeito não se sente menosprezado pela sua orientação sexual. Podemos assim pensar que além de uma reafirmação de sua sexualidade perante os iguais, temos também uma afirmação social de que a sua orientação sexual é a sua identidade perante os demais.

No entanto as observações realizadas quanto ao comportamento dos homossexuais na “noite” apontam para que as diferenças entre os homossexuais e os heterossexuais masculinos se relacionam ao objeto de desejo e não especificamente a forma de desejo. Assim como os heterossexuais desenvolvem o desejo pelo objeto em si considerando aspectos físicos e de destaque, os homossexuais desenvolvem o mesmo comportamento. No entanto os “heteros” buscam as mulheres, os “homos” os homens. Tem-se então, que nos dois casos o que impulsiona a conquista é o desejo sexual, em outras palavras o “tesão”.

É importante neste ponto destacar alguns comentários sobre a atividade sexual entre homo e heterossexuais. Na relação heterossexual o que determina o início da atividade sexual propriamente dita é a disponibilidade da mulher, esta disponibilidade está condicionada as circunstâncias, aos preceitos sociais introjetados no aprendizado do comportamento feminino perante o assedio masculino. Por outro lado nas relações