Histórico Município de Nova Mutum/MT

Histórico do Município de Nova Mutum-MT

O atual território do município de Nova Mutum foi formado por desmembramento de terras dos municípios de Diamantino e Nobres, em diferentes processos.
Pelos vestígios encontrados ao longo do rio Marape, a região era habitada pelos índios Kaiabi.
A ocupação territorial pelos não índios data de antes da década de 1940, pela extração da poaia, e após o ano de 1942, por ocasião da Segunda Fase da Extração da Borracha, sendo estimulada pela existência de seringueiras nativas ao longo do curso dos rios da região. A área adquirida pelo Sr. Jorge Rachid Jaudy se estendia por 500.000 hectares, sendo feita pela divisa do rio Arinos, à sua direita. Os extrativistas se reuniam em grupos e comercializavam seus produtos no entreposto da região “Barracão do Mutum”, que ficou conhecido como “Irmandade”.
Entre os anos de 1943 a 1945, empresas seringalistas, com os extrativistas conhecidos como “Soldados da Borracha”, invadiram as terras e os índios Kaiabi – mesmo contando com o apoio de um posto de Serviço de Proteção ao Índio (SPI), chefiado por Antônio Borges – foram expulsos da região.
No século XIX, com o incentivo do governo federal, através do projeto “Marcha para o Oeste”, as terras da região dos rios Arinos, dos Peixes e Teles Pires foram retalhadas em glebas e viraram fazendas.
Em 1948, o Sr. Jorge Rachid Jaudy, paulista, adquiriu do governo 200.000 hectares das terras na região, dividindo 32.700 deles em lotes de 100 a 250 hectares a fim de formar a “Gleba Jaudilândia”, destinada a pequenos produtores para desenvolver a cultura do café.
Em 1958, havia um bom número de moradores nessa região, em torno de 40 famílias. Como não havia escolas para seus filhos, eles decidiram contratar uma jovem recém-chegada de São Paulo, Iracema Silva, para dar início à alfabetização.
Devido a diversos fatores que dificultaram a permanência dos moradores, a referida colonização fracassou quase por completo. As poucas famílias que resistiram